O sonho que não se apaga: a luta de um jovem jogador para brilhar no futebol profissional

Marcos Douglas, como tantos outros jovens brasileiros, sonhou desde a infância em ser jogador de futebol. Esse sonho, que começou em escolinhas de futebol em Brasília aos nove anos, o levou a desbravar o mundo dos testes e clubes longe de casa ainda na adolescência. Determinado, aos 14 anos mudou-se para Santos, deixando família e amigos para trás, focado em conquistar seu espaço no esporte. “Minha adolescência foi diferente da de muitos jovens. Abdiquei de várias coisas e enfrentei a saudade, além das dificuldades do dia a dia, como dormir em quartos apertados, com poucas condições, mas com uma grande motivação em comum: o sonho de ser jogador profissional”, relata Marcos.

Aos 17 anos, ele deu seu primeiro passo profissional no Brasília FC, participando do Campeonato Candango e da Copa do Brasil. A trajetória que seguiu foi marcada por inúmeras transferências, de clubes no Distrito Federal e em outros estados, como o Goianésia, Real Brasília, Gama, Anapolina, Jataiense, e até o Tupynambás em Minas Gerais, sempre em busca de novos desafios e oportunidades. Em suas andanças, conquistou dois acessos à primeira divisão do Campeonato Candango, chegando ao título com o Samambaia.

No entanto, o caminho foi repleto de obstáculos. Em 2021, enquanto jogava em Minas, Marcos sofreu sua primeira lesão grave no joelho – uma ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) – que o afastou dos campos por nove meses. E em 2023, a lesão no LCA voltou a atingi-lo, dificultando sua trajetória. Sem clube e com recursos limitados, ele contou com o apoio de um time amador e de um emprego para custear a segunda cirurgia, enfrentando mais uma pausa prolongada. Nesse período, Marcos se dedicou aos estudos, concluiu a faculdade e experimentou outras áreas de trabalho, incluindo empresas de logística e serviços como Uber, sem nunca deixar de lado o futebol.

Atualmente, com quatro meses de recuperação da última cirurgia, Marcos continua no futebol, mas agora como professor substituto e personal trainer, ajudando jovens atletas que, como ele, sonham em brilhar no futebol. Ele compartilha que o esporte foi não apenas sua formação profissional, mas também uma escola de vida: “Apesar de todas as dificuldades, o futebol me formou como atleta e como homem.”

A história de Marcos Douglas nos lembra que, mesmo diante de obstáculos e incertezas, há sonhos que não se apagam. Ele segue dedicado a inspirar outros a nunca desistirem de seus objetivos.

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