A única coisa errada nesse país é a taxa de juros’, diz Lula em entrevista

Lula critica taxa de juros e defende responsabilidade fiscal em entrevista ao Fantástico

Em entrevista concedida ao programa Fantástico neste domingo (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o atual patamar da taxa Selic, que permanece acima de 12%. “A única coisa errada nesse país é a taxa de juros”, declarou, destacando que a inflação está “totalmente controlada” e que não há justificativa para a manutenção dos juros nesse nível. Lula também classificou como “irresponsável” a política monetária que mantém a Selic elevada e garantiu que o governo federal tomará medidas para enfrentar a situação.

Defesa da responsabilidade fiscal

O presidente rebateu as críticas do mercado financeiro em relação à gestão dos gastos públicos, afirmando que o governo é comprometido com o equilíbrio fiscal. “Ninguém neste país tem mais responsabilidade fiscal do que eu. Entreguei o Brasil em ótimas condições nos mandatos anteriores e vou fazer isso de novo”, prometeu.

Lula destacou ainda que o pacote de corte de gastos já foi enviado ao Congresso Nacional, que tem a prerrogativa de realizar ajustes na proposta. O governo espera que as medidas sejam deliberadas pela Câmara e pelo Senado ainda nesta semana, antes do início do recesso parlamentar.

Reforma tributária em debate

Outro tema abordado durante a entrevista foi a reforma tributária, cuja primeira etapa foi aprovada pelo Senado e agora retorna à Câmara para uma nova análise. Lula enfatizou que o objetivo da medida não é criar novos impostos, mas garantir que os tributos existentes sejam arrecadados de forma eficiente.

“Se o Brasil arrecadar corretamente os tributos já existentes, isso será suficiente para cuidar das coisas”, afirmou o presidente. Ele também disse que discutirá as alterações propostas pelo Senado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes da nova votação pelos deputados.

Lula reforçou que o governo busca uma reforma que simplifique o sistema tributário sem onerar ainda mais os contribuintes. “O que não queremos é uma reforma tributária para aumentar tributos”, garantiu.

Expectativa para os próximos anos

Ao final da entrevista, o presidente demonstrou otimismo em relação ao futuro do país, destacando que os resultados das políticas do governo começarão a ser percebidos em 2025 e 2026. “Tudo que foi planejado pelo governo, até agora, foi cumprido. Os próximos dois anos serão de colheita e as coisas vão acontecer no Brasil”, concluiu.

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