A inteligência da PM investiga o vazamento de fotos e informações de policiais no caso Gritzbach

O departamento de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo está investigando o vazamento de fotos e informações pessoais de policiais envolvidos na investigação sobre a morte do empresário e delator do PCC (Primeiro Comando da Capital), Antônio Vinicius Gritzbach, 38. O caso gerou grande repercussão e, desde a operação realizada na quinta-feira (16), que resultou na prisão de 15 policiais, imagens de registros oficiais da PM, com nome e rosto dos agentes, começaram a circular em grupos de mensagens. As fotos foram disseminadas como se fossem dos presos na operação, mas algumas delas, de policiais não detidos, acabaram sendo divulgadas erroneamente.
Entre as imagens vazadas, está a de um PM da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que não foi preso, gerando confusão entre os envolvidos no caso. Segundo informações de agentes que participam da força-tarefa, a Polícia Militar está em busca dos responsáveis pelo vazamento, afirmando que a investigação será capaz de identificar os culpados, já que os acessos ao sistema da corporação onde essas informações estão armazenadas deixam rastros digitais.
A operação que resultou na detenção de 15 policiais visava desarticular um possível esquema de corrupção e envolvimento no assassinato de Gritzbach, que era conhecido como delator do PCC. Entre os presos está o cabo Dênis Antonio Martins, 40, acusado de ser um dos atiradores que participaram do homicídio.
Neste sábado (18), a força-tarefa, composta por membros da Corregedoria da PM e policiais civis do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), deu continuidade à investigação e prendeu mais um policial sob suspeita de envolvimento no caso.
O vazamento de informações pessoais e imagens de policiais em investigações sensíveis é um sério problema de segurança, e a Polícia Militar de São Paulo promete reforçar as medidas para identificar os responsáveis e evitar que novos episódios como esse se repitam. O caso de Gritzbach segue sendo um marco em uma série de investigações envolvendo a atuação do PCC e possíveis irregularidades dentro da corporação policial.