Após alta do dólar, Lula afirma que equilíbrio fiscal é prioridade

Lula reforça responsabilidade fiscal em meio à alta histórica do dólar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (28) que o governo precisa manter os gastos dentro do orçamento aprovado, em um momento em que o dólar atingiu a marca histórica de R$ 6 durante o pregão, encerrando o dia cotado a R$ 5,99. A disparada da moeda ocorreu após os investidores reagirem com desconfiança ao pacote fiscal anunciado pelo governo, o que aumentou o risco percebido para investimentos no Brasil.

“Não podemos gastar mais do que arrecadamos. Isso é parte do compromisso firmado com o novo arcabouço fiscal”, destacou o presidente durante o lançamento do programa Periferia Viva, no Palácio do Planalto. Lula também pediu que seus ministros priorizem a execução dos programas já existentes em vez de apresentar novas propostas, enfatizando a necessidade de resultados consistentes. “Nem sempre as ações saem na velocidade que queremos, mas precisamos colher os frutos do que já plantamos”, afirmou.

Lula defendeu ainda a fiscalização de programas assistenciais para evitar irregularidades, afirmando que o objetivo é “moralizar o país”. “Não podemos permitir que alguém receba um benefício de forma indevida. Isso é desrespeitar quem realmente precisa”, declarou o presidente.

O pacote fiscal também trouxe a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil mensais, medida que foi alvo de críticas por seu impacto nas contas públicas. Para compensar a perda de arrecadação, Lula afirmou que será necessário “cobrar um pouco mais” de impostos dos mais ricos.

As reações do mercado às propostas fiscais do governo contribuíram para uma queda expressiva do Ibovespa, que registrou uma das maiores baixas desde janeiro de 2023. O episódio reflete os desafios do governo em equilibrar medidas sociais com a responsabilidade fiscal, enquanto busca reconquistar a confiança dos investidores.

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