Governo do DF começa a cortar ponto de professores em greve; multa de R$ 1 milhão ao Sinpro-DF é mantida pela Justiça

A Secretaria de Educação do Distrito Federal anunciou que começará a cortar os pontos de frequência dos professores da rede pública que aderiram à greve. A medida, que passa a valer a partir desta terça-feira (3/6), segue determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que também estipulou multa de R$ 1 milhão ao Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) por organizar a paralisação.
De acordo com a pasta, os professores que não compareceram às salas de aula nesta segunda-feira (2/6) já terão o dia descontado. Apesar de o Sinpro-DF ter recorrido da decisão, o TJDFT manteve a sentença no fim da tarde de sábado (31/5), reforçando a legalidade dos cortes e da sanção aplicada ao sindicato.
Mesmo com a pressão judicial, o Sinpro-DF convocou uma assembleia geral para a próxima quinta-feira (5/6), às 9h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte), onde professores e orientadores educacionais deverão decidir os próximos rumos do movimento.
Segundo a Secretaria de Educação, ainda está sendo apurado o número total de docentes que aderiram à paralisação nesta segunda. No entanto, um levantamento preliminar aponta que 255 das 713 escolas públicas do DF tiveram as atividades totalmente suspensas. Em contrapartida, 458 unidades conseguiram manter as aulas — ainda que parcialmente.
Os educadores reivindicam:
- Reajuste salarial de 19,8%;
- Reestruturação do plano de carreira;
- Redução do tempo necessário para alcançar o topo da tabela salarial;
- Aumento no percentual de titulação para professores e orientadores com especialização, mestrado e doutorado. Atualmente, os acréscimos são de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico, respectivamente.
A expectativa do GDF é de que algumas das escolas com paralisação total retomem suas atividades já nesta terça-feira (3/6).