Ilegalidade na Campanha da OAB-DF: Advogado da Chapa Laranja Oferece Almoço em Restaurante em Troca de Voto
Em meio à disputa eleitoral para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Distrito Federal e Subseção de Ceilândia (OAB-DF), um áudio vazado trouxe à tona a prática ilegal de compra de votos realizada pela campanha do atual presidente da OAB/DF, Délio Lins, que tem como candidato à presidência da Seccional o advogado Paulo Maurício (Poli).
No áudio, um advogado da Chapa Laranja fez uma proposta “indecente” para outro colega de profissão, oferecendo como vantagem pelo voto um almoço gratuito no restaurante mais famoso de Ceilândia. Ou seja, bastava que o advogado votasse em Ana Carla, candidata à presidência da OAB/Ceilândia, para que ele e seus amigos ganhassem um almoço gratuito, financiado pelos fundos da campanha. A situação gerou críticas e acendeu um debate sobre a transparência e as práticas de campanha nas eleições da OAB.
O áudio vazado mostra o advogado oferecendo um almoço para advogados interessados, mencionando que os custos seriam cobertos pela campanha. Esse gesto, que pode ser interpretado como uma tentativa de influenciar eleitores com benefícios financeiros, levanta questões sobre o cumprimento das normas éticas nas campanhas eleitorais internas da OAB. No áudio, fica bem claro que a prática de compra de votos foi proposta de maneira explícita.
Advogados e especialistas em ética profissional têm ressaltado que o uso de recursos da campanha para despesas que envolvem vantagens pessoais, como refeições, pode ir de encontro às diretrizes de conduta da OAB. A Ordem orienta que os fundos de campanha sejam destinados exclusivamente para a promoção de propostas e ideais das chapas, e não para atrair votos através de benefícios materiais.