Plano de massacre em escola do Guará é frustrado pela Polícia Civil: adolescente deixa carta alarmante com ameaças e apologia ao extremismo

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) impediu um possível massacre em uma escola pública do Guará ao identificar e deter um adolescente de 16 anos que havia deixado uma carta com ameaças explícitas em uma das salas de aula da unidade. O documento, que revelou intenções homicidas e referências a ideologias extremistas, foi entregue à polícia e desencadeou uma investigação urgente.
Na carta, escrita à mão, o jovem demonstrava frieza e premeditação. Ele afirmava ter o desejo de matar desde a infância e justificava sua motivação com histórico de brigas e conflitos dentro da escola. “Sempre sonhei em matar pessoas. Todos merecem morrer”, escreveu. Em outro trecho, o adolescente se autodeclarava uma “bomba-relógio prestes a explodir” e prometia vingança contra aqueles que, segundo ele, o haviam provocado. “Vou colocar as mãos numa arma e matar todos que um dia ousaram em mexer comigo”, dizia o texto.
Diante do teor alarmante, a Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) entrou em ação. Embora a carta não estivesse assinada, as investigações da corporação conseguiram identificar o autor com base em pistas deixadas no próprio conteúdo e no ambiente escolar.
Além das ameaças, o adolescente fez menções a atentados terroristas e figuras envolvidas em massacres anteriores, chegando a desenhar símbolos nazistas e citar ideologias radicais. A PCDF confirmou ainda que o jovem vinha realizando pesquisas online sobre estratégias para executar ataques em massa, o que acentuou a gravidade do caso.
Durante o cumprimento de mandado de busca na residência do menor, os agentes apreenderam diversos objetos de preocupação: manuscritos adicionais com conteúdo violento, uma faca, uma machadinha, um simulacro de arma de fogo, uma munição real e o celular do garoto. Todo o material recolhido será encaminhado para perícia.
Para preservar a integridade dos demais alunos e evitar estigmatização, o nome da escola onde os fatos ocorreram não será divulgado nesta reportagem.
O caso acende um alerta sobre a importância da vigilância ativa dentro das instituições de ensino, além do acompanhamento psicológico e social de adolescentes que demonstrem sinais de isolamento, radicalização ou comportamento violento. A atuação rápida da PCDF evitou o que poderia ter sido uma tragédia irreparável.