Se era fake news, por que revogou?, diz Nikolas Ferreira à CNN

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) levantou questionamentos em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15) sobre a decisão do governo federal de revogar a nova regra de monitoramento do Pix. “Se era fake news, por que revogou?”, indagou o parlamentar. Segundo Ferreira, a atitude do governo é contraditória e reflete uma falta de clareza nas comunicações oficiais. “Eles comunicam algo e dizem que não, vocês são incapazes de entender”, afirmou.

O parlamentar destacou que sua crítica à medida não tem cunho ideológico. “Deixei muito claro no meu vídeo que não importa se você é de esquerda, direita, centro… isso é uma luta que o Brasil uniu em prol de não ter o governo tendo a possibilidade de ter uma lupa no seu dinheiro”, complementou Ferreira.

Decisão do Governo

A norma, que foi revogada um dia após as críticas do deputado, previa a ampliação da supervisão de dados sobre transações financeiras realizadas via Pix. Segundo a Receita Federal, seriam monitoradas movimentações de R$ 5 mil ou mais feitas por pessoas físicas e de R$ 15 mil ou mais por empresas.

O secreário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, justificou a revogação por dois motivos principais: o uso da norma como “arma na mão de criminosos” e para “nao prejudicar o debate e a tramitação do ato que vai ser anunciado pelos ministros”. A decisão foi amplamente influenciada pela repercussão do vídeo de Ferreira nas redes sociais.

Repercussão nas Redes Sociais

O vídeo publicado pelo deputado atingiu mais de 220 milhões de visualizações em 24 horas, gerando um grande impacto na opinião pública. No conteúdo, Ferreira esclareceu que o Pix não seria taxado, mas alertou sobre a possibilidade de mudanças futuras. “Não, o Pix não será taxado, mas é bom lembrar que a comprinha da China não seria taxada, mas foi… você ia ser isento do Imposto de Renda, mas não vai mais… ia ter picanha, mas não teve. O Pix não será taxado, mas não duvido que possa ser”, afirmou.

Impactos da Decisão

A polêmica envolvendo a norma levou a uma maior cautela nas transações financeiras, principalmente no início do ano, conforme indicam dados apurados pelo analista Caio Junqueira. A revogação, embora tenha sido apresentada como uma medida para evitar distorções no debate, também evidencia a força das redes sociais em influenciar decisões governamentais.

A discussão sobre a transparência e os limites da fiscalização financeira continua, enquanto a população se mostra atenta às próximas ações do governo federal no campo econômico.

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