Universitário é Condenado a 32 Anos de Prisão por Estupro e Morte de Enteada de 4 Anos no DF

Igor Fernandes Pereira Ayres, 23 anos, foi condenado por estuprar a enteada, em fevereiro de 2024. Vítima morreu após o abuso

O universitário Igor Fernandes Pereira Ayres, de 23 anos, foi condenado na última sexta-feira (17/1) a 32 anos, nove meses e 22 dias de prisão em regime fechado, após ser acusado de estuprar e matar sua enteada, Isabela Dourado de Oliveira, de apenas 4 anos. O crime ocorreu em 5 de fevereiro de 2024, em um apartamento em Taguatinga Sul, e a criança não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer após o ato de violência.

Isabela sofreu uma parada cardíaca após ser violentada, e os médicos não conseguiram reverter o quadro. Igor estava preso preventivamente desde o dia do crime. A mãe da criança, Maria Luiza Dourado Pinto, estava no trabalho no momento da tragédia. Ela e Igor estavam juntos há nove meses e haviam se mudado para o Distrito Federal em agosto de 2023, vindo do Rio Grande do Sul.

Logo após a mudança para o DF, a mãe e a filha passaram a morar com a família de Igor. Em dezembro, os três se mudaram para o apartamento onde a criança foi encontrada morta. De acordo com relatos, às 8h54 do dia do crime, Maria Luiza recebeu uma ligação de Igor, que afirmou que Isabela havia sofrido uma convulsão e não estava mais reagindo.

Perícia Criminal e Laudo Cadavérico

A perícia criminal realizada no local do crime apontou que a morte de Isabela foi causada por violência sexual, o que resultou em ferimentos internos fatais. O laudo cadavérico indicou que a causa da morte foi uma hemorragia aguda decorrente de traumatismo abdominal causado por ação contundente.

Testemunhas que chegaram ao apartamento no dia do crime relataram que não havia elementos no local que justificassem uma queda ou trauma que pudesse ter causado a convulsão. A perícia concluiu que a violência sexual foi o principal fator que levou à morte da criança.

Ação Judicial e Condenação

Durante o processo judicial, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) não teve dúvidas sobre a culpabilidade de Igor. A juíza responsável pelo caso destacou que Maria Luiza, mãe de Isabela, mudou suas versões e tentou acobertar Igor, mentindo em depoimentos sobre pontos importantes do caso.

Um exemplo disso foi a confusão sobre a cor da calcinha que a criança usava. Inicialmente, Maria Luiza afirmou que era verde, mas, em uma segunda oitiva, disse que era rosa, tentando corroborar a versão de defesa de Igor, que alegava que a criança teria retirado a calcinha suja do cesto sozinha.

Reação da Defesa da Família Paterna

Em nota, a defesa da família paterna de Isabela se pronunciou sobre a condenação. O advogado Albert Halex Matos afirmou que a decisão judicial vai além da punição de um abusador, simbolizando a importância de um sistema de justiça ágil que acolha as vítimas e garanta que crimes como esse sejam devidamente investigados e punidos.

A condenação de Igor é um marco na busca por justiça para Isabela, cuja vida foi brutalmente interrompida. A dor da perda e o clamor por justiça se refletem em cada passo dado neste processo, trazendo à tona a necessidade de um sistema judiciário que proteja as vítimas e responsabilize os culpados.

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